Silicon Valley. Da Califórnia a Lisboa

A retalhista está a rever o business plan do projeto. Em Portugal, garante que não está prevista redução de colaboradores.

A entrada da Sonae em Angola está cada vez mais perto de se tornar realidade. O Dinheiro Vivo apurou que as autoridades angolanas (ANIP - Agência Nacional para o Investimento Privado) já deram luz verde ao projeto e que a retalhista portuguesa está a ultimar os pormenores finais e a rever o business plan para arrancar com o primeiro de cinco hipermercados naquele mercado africano. Ainda não há data certa, mas a entrada em Angola será mesmo em 2013.
Em declarações ao Dinheiro Vivo, fonte oficial da Sonae revelou que "os negócios em Angola estão a decorrer ao ritmo que o mercado permite, há um longo caminho que tem vindo a ser ultrapassado. Estamos na última etapa, para arrancar com o projeto. Estamos a finalizar pormenores para lançar o projeto", sublinhou, sem avançar com a data de arranque da operação. A entrada em Angola será feita através de uma parceria, anunciada em abril do ano passado, com a Condis - empresa detida maioritariamente por Isabel dos Santos - e será concretizada com a construção de quatro hipermercados da marca Continente, em Luanda, e um no Huambo. Com um investimento mínimo de compromisso 79 milhões de euros, a empresa liderada por Paulo Azevedo dá, assim, o primeiro passo na internacionalização do seu segmento alimentar.
Relativamente a Portugal, a mesma fonte revelou que está a ser feita uma "expansão ligeira de lojas", com a abertura de cinco lojas nos primeiros nove meses do ano, adiantando: "Não temos previsto qualquer encerramento."
Quanto a possíveis despedimentos, a mesma fonte revelou: "Transferimos todos os trabalhadores de Portimão para outras lojas", referindo-se aos 120 trabalhadores do Continente do Retail Park, que ficou destruído num incêndio, em setembro. "Temos um número de colaboradores estável e não está prevista qualquer redução de colaboradores".
PONTO FINAL A Sonae está perto de dar o primeiro passo na internacionalização do seu segmento alimentar. Angola é o país escolhido.