Galp Energia, gás natural em Moçambique

O grupo português Galp Energia tem a capacidade financeira para investir na produção de gás em Moçambique e não tem planos para vender a sua participação de 10 por cento no consórcio que está prospectando na Área 4, disse o executivo-chefe do grupo.
"A participação de 10 por cento é muito, mas temos capacidade para fazer os investimentos necessários para a exploração de gás natural e não temos planos de vender essa participação", disse Manuel Ferreira de Oliveira na apresentação de resultados do grupo.

Numa análise publicada há duas semanas, o Banco Português Caixa BI disse que o grupo Galp Energia pode não ter capacidade financeira para fazer parte do projeto, dado que o retorno é menor do que o de um projeto de petróleo, e tinha considerado a venda de parte dos seus 10 por cento de participação.

No entanto, Ferreira de Oliveira não descartou a possibilidade de uma operação semelhante à realizada no Brasil, onde vendeu uma participação de 30 por cento na Petrogal Brasil para grupo chinês Sinopec.

A ENI é a operadora da Área 4, com uma participação de 70 por cento (a venda de uma participação de 20 por cento para a China National Petroleum Corporation - CNPC requer a aprovação das autoridades moçambicanas) e os seus parceiros são o grupo Português Galp Energia, a Kogas, da Coreia do Sul e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) pertencente ao Estado Moçambicano, cada um com uma participação de 10 por cento.